terça-feira, 20 de novembro de 2007

Pássaro azul


Gostava de ser um pequeno pássaro azul. Pequeno, porque a grandeza não está no tamanho mas na dimensão da nossa alma, e essa enquanto for capaz de sonhar, será sempre, sempre, sempre, imensa. Azul, como o azul do céu, o azul da eternidade.
Por vezes, sinto uma enorme saudade daquela rapariga que um dia fui e nessas alturas, acorre-me a imagem de um pássaro azul. Que nasceu livre. Que nasceu para voar e que levava nas asas, ao sabor da suave brisa do vento, um incomensurável mundo de sonhos.
Os anos vão passando, e com eles, vão-se esbatendo as nossas fantasias até ficarem perdidas algures, nas memórias da infância, porém, de quando em vez, essas memórias regressam anunciando que os nossos sonhos não morreram e não morrerão nunca e que sempre será tempo de os tornarmos em realidade.
Então fecho os olhos e procuro esse pequeno ser, que descubro, contínua ainda vivo dentro de mim. Azul. Pequenino. Livre.
Um ser que mais não é do que a minha alma, esse maravilhoso, mágico milagre que existe dentro de cada um.

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