Tenho até por ignorância, algum receio e certo pudor em falar sobre estes assuntos, mas não deixa de ser, como direi, extraordinário, aceitar a possibilidade de que afinal de contas, existe alguma coisa para além da tal nuvem que passa. Não sei, nem ninguém sabe se a morte é irredutivelmente o fim. Se efectiva e tristemente, por mero acaso ou simples coincidência, aparecemos aqui, vivemos a nossa história e partimos.
O que sabemos, é que a vida é feita de um infindável cruzar e entrecruzar de destinos onde se atalham e por vezes se misturam dramas e vivências e onde com alguns, entretecemos laços de afecto que podem, ao serem quebrados, nos dar algum sinal. E o que é um facto, é que me senti mais pobre já que na sua companhia, tanto aprendera.
A morte de alguém é sempre penosa sobretudo para quem fica. É uma história que chegou ao fim e que deixou ficar, apenas memórias que o tempo transforma numa saudade que às vezes faz doer, mas talvez este mistério que envolve a morte, talvez o temor que ela nos inspira, nos impeça de entender que, para além daquilo que os nossos cinco sentidos são capazes de captar, existam outras coisas que nos ultrapassam e transcendem e então talvez, talvez seja possível, que sejamos capazes de sentir esse inaudível bater de asas, primeiro rumo ao horizonte, depois, sabe-se lá.
A morte de alguém é sempre penosa sobretudo para quem fica. É uma história que chegou ao fim e que deixou ficar, apenas memórias que o tempo transforma numa saudade que às vezes faz doer, mas talvez este mistério que envolve a morte, talvez o temor que ela nos inspira, nos impeça de entender que, para além daquilo que os nossos cinco sentidos são capazes de captar, existam outras coisas que nos ultrapassam e transcendem e então talvez, talvez seja possível, que sejamos capazes de sentir esse inaudível bater de asas, primeiro rumo ao horizonte, depois, sabe-se lá.
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