Vens-me dizer que passou. Que a paixão imensa que vivemos acabou, consumida pelo calor de um verão que também ele chega ao fim. Agora tens que partir deixando para trás, perdidos na neblina da praia, as sombras dos longos, intermináveis passeios à beira-mar, cúmplices de um amor que se acendeu sem sabermos bem, nem como nem porquê.
Vais partir e eu ficarei aqui, saboreando amargamente, o tempo que juntos nos amámos pensando que seria para sempre.
Dizes que é preciso regressar para te reencontrares de novo com parte de ti mesmo e continuar a vida que algures bem longe, deixaste em suspenso à espera de melhores dias.
Grossas lágrimas que sabem a sal, serão o único gosto que me ficará para sempre na boca, a mesma que beijaste tão apaixonadamente, boca que querias fosse tua e só tua, e eu, loucamente, fui.
Indiferente à dor que qual faca cravas no meu peito, contradizes todas as frases que com tanta certeza me disseste. O nosso futuro. A nossa vida. Destinos que se uniram sob um mar de estrelas cadentes.
E ameaças partir sem sequer olhar para trás. No rosto, sobressai um sorriso de vaidade pela conquista daquela estrela-do-mar, que agora arremessaste de regresso ao imenso oceano, como se ele fosse o sítio onde pertenço e onde posso afundar a minha dor, sem ser vista ou ouvida, pois olhos que não vêem, coração que não sente.
Quero falar-te do vazio que fica em mim. Mas tu não queres ouvir. Para ti, o nosso romance acaba ali, precisamente no sítio onde começou e num vaipe de desdém, agarras firme um punhado de areia que deixas cair quando abres a mão, a mão que tantas vezes acariciou o meu corpo. Foi bom mas acabou.
Olho-te em busca daquela centelha que tantas vezes vi brilhar nos teus olhos, mas ela deu lugar a um frio que corta o meu coração.
E partes. Para nunca mais regressar a este corpo que foi teu. A esta alma que foi tua. A este sonho de mulher que um dia ousou sonhar que um grande amor também fazia parte do seu destino.
Fico sentada no muro da esplanada sobranceira ao mar, de onde tantas vezes contemplámos juntos o pôr-do-sol. Tenho as mãos vazias de tudo, o coração cheio de nada. Sinto-me de novo morta enquanto vejo afastares-te para sempre, enquanto estas lágrimas de sal me vão queimando o rosto e juro a mim mesma que jamais voltarei a caminhar pela praia, que jamais voltarei a amar alguém, mesmo que o seu sorriso pareça um sol capaz de iluminar o meu caminho, que jamais voltarei a olhar as estrelas imaginando-me a viajar na cauda de um cometa. Juro a mim mesma que…
Mas tal como os amores de verão se enterram na areia, assim é uma mulher que volta sempre a amar.
Vais partir e eu ficarei aqui, saboreando amargamente, o tempo que juntos nos amámos pensando que seria para sempre.
Dizes que é preciso regressar para te reencontrares de novo com parte de ti mesmo e continuar a vida que algures bem longe, deixaste em suspenso à espera de melhores dias.
Grossas lágrimas que sabem a sal, serão o único gosto que me ficará para sempre na boca, a mesma que beijaste tão apaixonadamente, boca que querias fosse tua e só tua, e eu, loucamente, fui.
Indiferente à dor que qual faca cravas no meu peito, contradizes todas as frases que com tanta certeza me disseste. O nosso futuro. A nossa vida. Destinos que se uniram sob um mar de estrelas cadentes.
E ameaças partir sem sequer olhar para trás. No rosto, sobressai um sorriso de vaidade pela conquista daquela estrela-do-mar, que agora arremessaste de regresso ao imenso oceano, como se ele fosse o sítio onde pertenço e onde posso afundar a minha dor, sem ser vista ou ouvida, pois olhos que não vêem, coração que não sente.
Quero falar-te do vazio que fica em mim. Mas tu não queres ouvir. Para ti, o nosso romance acaba ali, precisamente no sítio onde começou e num vaipe de desdém, agarras firme um punhado de areia que deixas cair quando abres a mão, a mão que tantas vezes acariciou o meu corpo. Foi bom mas acabou.
Olho-te em busca daquela centelha que tantas vezes vi brilhar nos teus olhos, mas ela deu lugar a um frio que corta o meu coração.
E partes. Para nunca mais regressar a este corpo que foi teu. A esta alma que foi tua. A este sonho de mulher que um dia ousou sonhar que um grande amor também fazia parte do seu destino.
Fico sentada no muro da esplanada sobranceira ao mar, de onde tantas vezes contemplámos juntos o pôr-do-sol. Tenho as mãos vazias de tudo, o coração cheio de nada. Sinto-me de novo morta enquanto vejo afastares-te para sempre, enquanto estas lágrimas de sal me vão queimando o rosto e juro a mim mesma que jamais voltarei a caminhar pela praia, que jamais voltarei a amar alguém, mesmo que o seu sorriso pareça um sol capaz de iluminar o meu caminho, que jamais voltarei a olhar as estrelas imaginando-me a viajar na cauda de um cometa. Juro a mim mesma que…
Mas tal como os amores de verão se enterram na areia, assim é uma mulher que volta sempre a amar.
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