terça-feira, 20 de novembro de 2007

Amor, prepétuo amor

Se existem coisas verdadeiramente mágicas, o beijo é seguramente uma delas. Um beijo, essa simples e quase que instintiva demonstração de afecto, pode fazer-nos voar, enxugar as nossas lágrimas, matar a saudade, ou até mesmo acalmar a nossa dor, mas este beijo, sobre o qual escrevo, não é um beijo como os outros, é isso sim, uma emoção difícil de descrever, uma estadia ainda que breve, no lugar mais lindo e mais extraordinário, o céu. Um beijo dado com toda a ternura e pureza, o beijo mais verdadeiro e eterno, o beijo da minha filha.
Sei pelo brilho dos seus olhos, pela expressão ternurenta o quão profundos os seus beijos põem ser, e por isso, só ela, nas horas mais difíceis, consegue trazer de volta o sorriso aos meus lábios. Creio que herdou de mim essa faceta beijoqueira. Afinal de contas que mais podemos fazer quando nem as palavras conseguem apaziguar os nossos medos, as nossas ânsias, os nossos desesperos. Nada melhor que um beijo de ternura, como que dizendo: - pronto já passou – para devolver a serenidade, e ela, apesar da sua ainda tenra idade, já se tornou mestra nessa tão nobre arte.
Creio que para todas as mães é assim, um beijo e um abraço apertado, um abraço como que vindo da alma, que é capaz de tornar um dia invernoso, no mais belo dia de sol, um beijo que mantém estreito e apertado o vinculo ao útero materno onde tudo começou.
Um beijo que homenageia todos os sustos, todas as preocupações, todas as arrelias, mas também e acima de tudo, que tornam especiais esses momentos mágicos das proezas, das alegrias e de todas descobertas e que ficarão eternamente guardados dentro de nós.

Sem comentários: