quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
O peso da idade
Ontem fiz 47 anos e, contrariamente ao que me tinham dito, a idade para mim não pesa, sinto-me ainda tão menina!
De facto, o meu corpo está a mudar. O meu rosto evidencia as marcas que tanto as lágrimas como também as alegrias, deixaram ficar, mas os meus olhos, esses, continuam cheios de luz, enquanto que por dentro... por dentro, continuo igual, só que talvez, mais madura e por isso mais sábia.
Talvez seja esse o segredo da eterna juventude. Só envelhece quem não amadurece. Quem se fecha a tudo o que é novo. Quem pensa em si próprio e se esquece dos outros e sobretudo, quem baixa os braços e deixa de lutar.
O passado é importante, foi ele que nos trouxe justo até aqui, e se bem que só olhando para trás, é que o podemos compreender, a vida só pode ser vivida, olhando em frente e de braços bem abertos para abraçar as ainda incontáveis experiências que estão para vir.
Não tenho qualquer saudade da minha suposta juventude. Hoje, afirmo-o com veemência, que incomensurável desperdício de energia e de oportunidades! Foi giro. Teve a sua época. Agora há que seguir caminho.
Creio que a idade me tem feito bem. Levou-me uma certa paixão mas trouxe-me compaixão. Ajudou-me a descobrir a minha alma, e nela, a minha maior riqueza, a forma filosófica e, se não mesmo sábia, de encarar a vida com serenidade, com fé e acima de tudo, com um sorriso.
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