quinta-feira, 15 de maio de 2008

A grandeza da alma

Penso muitas vezes, qual será o peso de medida de que nos servimos para conferir aos outros, importância, distância ou invisibilidade.
Seguramente, que o nosso julgamento não poderá ser feito através de centímetros ou posses, mas sim de acções, expectativas, decepções e afinidades.
Contudo, existe algo que torna uma pessoa única em algum momento das nossas vidas, por exemplo, quando nos estende a mão, quando nos oferta o seu mais belo sorrido e mais ainda, quando abrindo os braços, nos encaminha direitos ao seu coração. É nessas alturas, que ela se engrandece perante os nossos olhos para depois, ao partir, se misturar de novo com a multidão e, ao faze-lo, voltar a ser, apenas mais uma, só que agora, diferente porque nos tocou na alma.
Neste estado de sentir, não será pois, nem a posição social, nem a riqueza e muito menos a sua aparência que os engrandece, mas tão-somente, a sensibilidade mas acima de tudo, a capacidade de se comover.
É essa a medida que instintivamente utilizo para estabelecer intimamente os meus juízos. A razão raramente avalia com justeza o que nos diferencia naquilo que nos iguala como seres humanos, a grandeza da nossa alma.

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