Incomensurável mistério, a mente humana. Maravilhosos os pequenos milagres que inesperadamente acontecem, quando a saudade nos vem fazer uma visita e assim, como que cristalizada na minha memória, eis que surge nítido e real, aquele preciso momento.
E subitamente, achei-me na bela baía de São Martinho do Porto. Gigantescos penhascos abraçando o mar, a silhueta de duas figuras caminhando sobre a areia dourada. Ele traz pela mão uma criança, uma menina cujos cabelos loiros esvoaçam ao sabor do vento e de tão autêntico, sinto de novo o calor da sua mão.
Foi ali, foi assim e foi com ele que descobri a minha fé. De mãos dadas passeando na praia, sentindo a carícia do vento. A paixão que através do brilho dos seus olhos, veio aquecer o meu coração, enquanto me falava sobre esse Ser magnífico cujo toque de divino, podemos descobrir em todos os seres vivos.
Eu era apenas uma menina. Ele, um homem que ao ser chamado para servir a Deus, se entregou de alma e coração, contudo, ao invés de papagueadas e vazias, as suas palavras, foram o quanto baste para despertar em mim a luz que sei, iluminará para sempre o meu caminho.
E agora, agora que ele, simplesmente se mudou para o andar de cima, a memória desse despertar à mistura com a saudade de um grande amigo, fez com que a minha alma revivesse esse inesquecível e belo presente que me ofereceu, o encontro com a luz.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
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