Hum... nada melhor que um dia de verão para abrir as janelas da alma e deixar que o vento, leve, para bem longe, a poeira que a tristeza foi deixando.
Terá a ver com as temperaturas amenas, mas não só, tem, sobretudo a ver com a luminosidade que nos cerca e que torna tudo à nossa volta, muito mais bonito.
Mas se reflectirmos um pouco, é precisamente essa luz que nos devemos propor a encontrar e trazer até nós, todos os dias.
Não creio que haja alguém que goste de escuridão. Ela que confere a tudo uma profunda tristeza e onde se escondem os inúmeros fantasmas que o nosso medo foi produzindo, contudo, essa busca incessante e premente por luz, é o que todos, inconscientemente fazemos.
Difícil será retê-la. A luz é uma coisa dinâmica que vem e que vai, ah mas quando vai, ressalta uma outra espécie de beleza. No céu refulgem as estrelas, enquanto o luar nos vela o sono, até que a noite adormece e o dia desperta, trazendo de novo, o renascer da esperança.
E eis que a janela da minha alma se escancara. E o vento vem de mansinho, levando consigo a poeira doirada dos meus sonhos, bem para lá da linha do horizonte.
Por isso, quando a noite cai sob a forma de tristeza, sei que ainda me resta, o meu próprio céu, o céu que essa poeira doirada de sonhos, transformou num imenso mar de estrelas, e que elas, estão sempre lá não apenas no verão.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
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