É impressionante, o silêncio que precede quase sempre, algo ruim. Assemelha-se a uma espécie de hiato, um breve suspense do tempo, como se a vida perante a encruzilhada, nos concedesse ainda uma oportunidade de escolha, recuar ou seguir em frente.
Contudo nesta louca corrida contra o tempo, estamos pouco atentos, absortos da mais crua realidade e da dura verdade que, indiferente aos nossos mais íntimos desejos, o derradeiro instante não nos pertence.
Quantas vezes, donos do mundo e, num breve, breve instante tudo muda. Os sonhos se desvanecem, a vida se apaga, o fim abrupto da felicidade.
Um breve, tão breve instante, é afinal tudo o que possuímos, ou na verdade, nem mesmo isso. Talvez valha a pena pensar se devemos ou não proferir aquelas más palavras. Guardar para nós o nosso sorriso. Partir em busca de vingança. Perseguir e afligir em nome do ódio e da inveja.
Breves instantes. Pequenos flashes de tristeza mas também de alegria são afinal, tudo aquilo em que consiste, esta breve passagem por este pedacinho de tempo a que chamamos vida, por isso, há que estarmos de ouvidos bem atentos a esse som do silencio, pois num breve, breve instante... tudo muda, tudo acaba.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
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