De quando em vez, a nossa alma fica retida na estação das perdas.
Assemelham-se a uma espécie de plataformas de incomensurável dor provocadas pela partida de familiares e amigos, dor essa que ao invés de se diluir, mergulhando-nos no esquecimento, se intensifica numa agonia proporcional à distância percorrida e também mais empobrecidos nos nossos afectos.
Apagados pela borracha do tempo, pequenos gestos, palavras, rostos e vozes, instantes partilhados, são revisitados pela alma que levada pela saudade nos mantém presente, que somos a soma de tudo o que deles ficou em nós.
Jamais poderemos evitar a estação das perdas e tão pouco, aprender a suportar o silêncio das vozes que se calaram mas seguimos viagem. De novo, só a nossa alma sabe, apenas sabe, em quantas mais estações deixaremos as nossas lágrimas e em qual delas ficará a derradeira, porém, em cada uma subsiste uma ténue e bela luz, que nos transmite sempre, esperança.
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segunda-feira, 4 de abril de 2011
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