quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Não me fales...



Não me venhas falar de sentimentos. Dos meus sei eu. Não se comparam com nada. São meus, os meus medos, os meus fantasmas, os ecos do passado, os espectros da alegria e da tristeza... são todos eles que fazem de todo meu ser, uma espécie de ilha e nela habitam mas sobretudo que me tornam no ser que sou.
Profunda como o mar, intensa... avassaladora e incontornavelmente passional.
São o ar que respiro, o sopro da vida que me percorre as veias, a seiva de um livro chamado mulher, que embora povoado por mil almas, em todas elas sou eu, e que jamais conseguirás ler.
Sei que um dia irei morrer mas também que irei renascer. Serei outra personagem, num outro cenário, porém, jamais mudarei de história ou de roteiro pois sempre terei em mim, tudo aquilo que nos engrandece.
Não me fales pois de sentimentos. Tu que nada sabes do que dizes. Tu que não sabes quanto amor pode conter uma lágrima vertida. Quanta saudade pode trazer até mim a essência de uma alma. Quanta ternura luz no brilho dos meus olhos. O quanto o canto da minha alma se assemelha com o canto de sereia sob o plácido luar da lua cheia!
São precisamente os sentimentos, que fazem de mim quem sou, sempre que ao chorar, a minha alma aprende e cresce.
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