Ainda que me pergunte muitas vezes, continuo sem saber quem sou.
Sei que existem em mim duas metades e é por entre elas que qual equilibrista percorrendo o fio de arame , braços abertos para a vida, busca esse incomensurável e indecifrável mistério que é a alma humana.
A imagem que vejo reflectida no espelho vai-me lançando algumas pistas. Cada lágrima, cada dor ,deixou no rosto a sua marca, contudo, metade luz, metade escuridão, a fotoalma que vislumbro, persiste semi-oculta.
Metade de mim é o que oiço e a outra metade o que calo. Metade de mim é partida e a outra saudade. Metade de mim é canção e a outra plateia. Metade de mim alegria e a outra tristeza. Metade de mim quem fui e a outra… ainda não sei.
Provavelmente quem serei, dependerá da melodia que embalar os meus sentidos. Se calma, se suave... se o seu ritmo bater a compasso com o meu coração, mas também, dos laços, das amarras e dos percalços de um caminho que o só o amor poderá tornar mais doce, porque se metade de mim, é amor, a outra também é.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
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2 comentários:
Lindo texto amiga.. parabéns ..retrata-tes bem através das palavras..refletes bem sua Linda Alma ...Parabéns...beijinhus em seu coração..
Wiviane Steiner
Olá Isabel, eu não sei como será a metade oculta, mas a que conhecemos, revela-nos uma pessoa muito boa!! :-)
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