segunda-feira, 23 de junho de 2008

no céu, uma estrela se acende

A notícia caiu em mim como uma bomba. Algures numa curva da estrada, ele, encontrou o fim do caminho, e eu em puro estado de choque,relembrava incessantemente, as suas últimas palavras.
Tão jovem que era ainda. O sorriso franco de quem ainda julga que a vida é pura festa. O mundo povoado de sonhos. E foi dos seus projectos que horas antes me falara, convicto que os iria cumprir mas que agora, quisera o destino, ficasse eu para contar a história, de como num estúpido segundo, se desmoronaram para sempre.
Na minha mente, relembro as nossas conversas em que me pedia conselhos, dos seus instantes de tristeza, mas sobretudo, do fogo que lhe ardia dentro das veias e da alegria imensa com que oferecia o seu peito à vida, para agora, na lápide fria, apenas constarem palavras que em nada dizem ao mundo, o maravilhoso ser que ele era.
Bem era, não será tanto assim. Basta-me a mim a saudade pois é ela que faz com que as coisas parem no tempo. No tempo com que o relógio do coração marca o compasso daquilo que vale mesmo a pena, tornando as lembranças eternas.
Não vou chorar amigo. A morte não será nunca o fim. Trago-te apenas, as palavras que o poeta escreveu.
Na mesma pedra se encontram, Conforme o povo traduz, Quando se nasce – uma estrela, Quando se morre – uma cruz. Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim: "Ponham-me a cruz no princípio... E a luz da estrela no fim!"

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