Devem ser umas cinco da manhã e eu, mais do que noutros dias, não consigo sequer fechar os olhos.
A meu lado, o meu marido, num sono profundo, não sabe nem imagina, quantos fantasmas assombram, não o nosso quarto mas a minha mente.
Apesar de pacifica, confesso gostaria de estar frente a frente, com aquela que muito provavelmente, não gostando de ser mulher, inventou esta coisa absurda da igualdade entre sexos, porque teria muitas coisas para lhe dizer, uma delas, é que não lhe agradeço, este suposto novo estatuto.
Não digo que antes as mulheres eram mais felizes, longe disso, mas hoje e contrariamente ao que se possa supor, também não o são, tornaram-se escravas de uma utopia, descaracterizaram-se e ainda e sempre, são descriminadas e desvalorizadas.
E de regresso ao meus fantasmas, eles mantém-me presente, que não posso falhar, que não me posso esquecer de nada, que tenho que estar sempre pronta, presente e disponível, que devo ter energia, força, coragem e sabedoria. Mesmo que esteja de rastos, o meu pequenino mundo não pode girar sem mim porque, ser-se mãe, esposa e dona de casa, mas sobretudo mulher, significa isso mesmo, resistir sempre, até ao fim e vem-me à ideia, o quanto uma mulher se assemelha a uma árvore.
Os ramos como sendo os filhos, a folhagem, todos os percalços, todos os problemas, todas as preocupações e também todas as alegrias, e como raízes, a coragem, a força, a sabedoria mas acima de tudo a fé, generosamente irrigadas pelo suor e pelas lágrimas.
É essa, a imagem que tenho desse extraordinário estado de existência que é ser-se mulher, uma espécie de intermediária, entre o céu e a terra.
Uma após outra, a árvore vai perdendo as suas folhas, quer pela acção do vento, ou da chuva e, algumas vezes, até os ramos se partem, mas muito embora, despida e enfraquecida, ela mantém-se sempre de pé.
Também é assim a vida de uma mulher. Um caminho longo, pejado de perdas e angústias, uma aprendizagem sempre dolorosa do desapego porém, ela recria-se, reinventa-se, regenera-se, e, mesmo com os olhos toldados de lágrimas, sorriso desmaiado, mesmo com o coração feito em mil pedaços, tal como uma árvore, uma mulher também “morre” de pé.
A meu lado, o meu marido, num sono profundo, não sabe nem imagina, quantos fantasmas assombram, não o nosso quarto mas a minha mente.
Apesar de pacifica, confesso gostaria de estar frente a frente, com aquela que muito provavelmente, não gostando de ser mulher, inventou esta coisa absurda da igualdade entre sexos, porque teria muitas coisas para lhe dizer, uma delas, é que não lhe agradeço, este suposto novo estatuto.
Não digo que antes as mulheres eram mais felizes, longe disso, mas hoje e contrariamente ao que se possa supor, também não o são, tornaram-se escravas de uma utopia, descaracterizaram-se e ainda e sempre, são descriminadas e desvalorizadas.
E de regresso ao meus fantasmas, eles mantém-me presente, que não posso falhar, que não me posso esquecer de nada, que tenho que estar sempre pronta, presente e disponível, que devo ter energia, força, coragem e sabedoria. Mesmo que esteja de rastos, o meu pequenino mundo não pode girar sem mim porque, ser-se mãe, esposa e dona de casa, mas sobretudo mulher, significa isso mesmo, resistir sempre, até ao fim e vem-me à ideia, o quanto uma mulher se assemelha a uma árvore.
Os ramos como sendo os filhos, a folhagem, todos os percalços, todos os problemas, todas as preocupações e também todas as alegrias, e como raízes, a coragem, a força, a sabedoria mas acima de tudo a fé, generosamente irrigadas pelo suor e pelas lágrimas.
É essa, a imagem que tenho desse extraordinário estado de existência que é ser-se mulher, uma espécie de intermediária, entre o céu e a terra.
Uma após outra, a árvore vai perdendo as suas folhas, quer pela acção do vento, ou da chuva e, algumas vezes, até os ramos se partem, mas muito embora, despida e enfraquecida, ela mantém-se sempre de pé.
Também é assim a vida de uma mulher. Um caminho longo, pejado de perdas e angústias, uma aprendizagem sempre dolorosa do desapego porém, ela recria-se, reinventa-se, regenera-se, e, mesmo com os olhos toldados de lágrimas, sorriso desmaiado, mesmo com o coração feito em mil pedaços, tal como uma árvore, uma mulher também “morre” de pé.