sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O brilho das estrelas

Esta noite, as estrelas estão brilhando e da janela do meu quarto, contemplo-as deslumbrada enquanto deixo que o meu espírito voe até bem juntinho delas.
Existem pessoas cometas que passam velozes pela nossa vida, outras são pessoas estrelas e eu, sou uma estrela solitária entre tantas, tantas outras, cujo brilho não ofusca nem se apaga.
Nem sempre a luz é refulgente, por vezes, quase que adormece para de súbito ressurgir, iluminando mais adiante o caminho, contudo, é essa chama que, vindo do mais fundo da minha alma, me aquece nas noites mais frias da tristeza e me dá o alento quando, a desesperança teima em querer fazer do meu peito a sua morada.
Sei quase de cor, todos os matizes desse brilho, o brilho de quem nasceu para ser cometa ou estrela guia, ou simplesmente uma estrela, por isso, gosto de procurá-lo mas sobretudo de encontrá-lo em olhares alheios.
Acredito que todos nós, ao nascer, trazemos connosco o brilho de uma estrela e que de regresso a casa, a nossa luz se reacenderá no firmamento, por isso, sempre que o meu universo infindo de pessoas cometas ou pessoas estrelas, se vai tornando mais empobrecido cá em baixo, o meu próprio céu, vai ficando ainda mais empoeirado de estrelas e são precisamente essas que contemplo, sempre que a saudade me vem fazer uma visita.
Talvez eu seja mesmo, uma solitária estrela, entre tantas, tantas outras, mas ainda bem, pois só quem ama, é capaz de ouvir e entender as estrelas.